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Vale a pena ter um leitor digital?

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 28 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de mai. de 2019

Quando a novidade dos e-books começou a se popularizar no Brasil, confesso que eu torcia o nariz. Como qualquer pessoa apaixonada por livros, amo passar os dedos pela lombada, pela capa e contracapa, sou fissurada pelo cheiro das páginas – que rende uma rinite incessante, se for o caso. Gosto de ter uma estante farta, de poder retirar exemplares, folheá-los e mostrá-los aos amigos. Tudo mudou há cerca de um ano, quando decidi dar uma chance para o mundo digital.

Não posso falar de outros leitores digitais – tenho conhecidos que possuem o Lev, da Saraiva, e aprovam –, mas posso falar sobre o Kindle, que para mim virou, de auto-presente recebido com desconfiança, um parceiro inestimável para a leitura. Não é lá muito barato: o modelo mais em conta sai por R$ 280, e o Paperwhite (o meu) chega a R$ 499. O ideal é ficar de olho nas promoções da Amazon, que são frequentes e chegam a dar descontos de R$ 150.


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Há muitos prós e contras, que tentarei sumarizar aqui. No geral, minha experiência começou como algo a nível de curiosidade, e agora sou completamente refém deste outro meio de leitura. Com a crise das livrarias, unidades da Saraiva e da Fnac fechando a rodo, e uma rotina com pouco tempo livre, a ideia de não ter que sair de casa para comprar um livro é um grande ponto a favor dos e-books. Percebi que eu lia pouco simplesmente por não ter tempo de frequentar livrarias ou por não ter paciência para esperar o prazo da entrega nas compras virtuais (sem falar no frete, que pode ser para lá de salgado). Sou ansiosa. Me julguem.


É muito simples: com um Kindle em mãos, eu leio mais. Tenho acesso aos principais lançamentos, a obras que eu desconhecia, a livros de autores independentes ou estrangeiros, tudo na ponta dos dedos. Além disso, há uma ferramenta presente na maior parte dos leitores digitais que é, ao meu ver, essencial para estimular a leitura – as amostras grátis.


Sim, você pode ler as primeiras páginas de qualquer livro antes de decidir comprá-lo. É uma estratégia que a maior parte das editoras já disponibiliza em seus sites próprios, inclusive a Companhia das Letras (que recentemente criou uma newsletter de amostra grátis). Livro, às vezes, pode ser um pouco como comida. Você precisa provar antes de decidir se faz o seu gosto.


Dito isso, agora vem um grande contra: o mercado dos e-books não deslanchou no Brasil e o preço dos livros ainda é, em grande medida, o mesmo dos livros físicos. Há quem ache que isso é uma enorme desvantagem. Afinal de contas, a ausência de um processo de impressão deveria baratear o exemplar, não é mesmo? Não entendo muito do assunto, mas quando tomamos a peculiaridade do mercado editorial, não é bem assim que funciona…

Para quem não se importa de ter um desconto mínimo, preza pela comodidade e acredita que o que vale mesmo é ler, fica a dica. Não importa o suporte, o que importa é a mensagem!


Conheça também: Kindle Unlimited, a "Netflix" de livros da Amazon.


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